Entender a metodologia por trás da avaliação nacional não é uma tarefa fácil. Porém, decifrar o sistemas clássico de avaliação do Enem, pode ser uma vantagem no dia da aplicação.
Entendendo a TRI
A TRI é mais vantajosa que o sistema clássico de avaliação. O mais relevante é que com ela a aptidão do candidato é determinada independentemente da dificuldade das questões aplicadas.
No sistema clássico, uma prova com questões difíceis avalia bem a aptidão de candidatos muito bem-preparados, permitindo escalonar os que são mais qualificados que outros. Mas esta mesma prova não avalia adequadamente candidatos medianos e os de baixa aptidão. No jargão popular, uma prova destas “nivela por cima”. Já uma prova com questões fáceis estima bem candidatos menos aptos mas não conseguirá avaliar entre os melhores e os medianos quem tem mais ou menos aptidão, “nivelando por baixo” o grupo.
A TRI chega à aptidão exata do candidato, não importando o tipo de questões da prova.
Outra grande vantagem é que os parâmetros das questões – dificuldade, discriminação e acerto casual – não dependem da capacidade dos candidatos que as resolverão.
No sistema clássico, alunos muito bem-preparados considerarão fácil uma determinada questão e alunos com baixa aptidão acharão se tratar de uma questão difícil. Neste sistema, a qualificação da questão depende do universo de respondentes, diferentemente da TRI.
Concluindo, com a TRI as questões são respondidas de forma totalmente independentes umas das outras. A resposta a cada questão depende exclusivamente da aptidão do candidato e dele dominar ou não a habilidade e dominar os conteúdos a que a questão se refere. Você já deve ter notado que no Enem não existem duas ou mais questões utilizando o mesmo texto de apoio ou os mesmos dados, como ocorre em vestibulares e outras provas de concursos. A razão disso é que, com questões em bloco, a resposta em uma delas tem conexão com a outra ou as outras questões, o que a TRI não permite.
Como usar a TRI a seu favor na prova do Enem
É claro que para mandar bem no Enem é essencial que você acerte o maior número de questões possível. Mas, para tirar uma nota acima da média, é preciso traçar uma estratégia de prova pensando na TRI.
O importante aqui é procurar acertar as questões mais complexas – do grupo das mais difíceis e que valem mais pontos – e não errar as mais fáceis – se não o algoritmo vai entender que você chutou as de nível difícil!
Existem alguns mitos para driblar a TRI na hora da prova. Se liga aqui que vamos te contar porque você não deve acreditar neles (e muito menos fazê-los no Enem!):
- Tentar adivinhar o nível de cada questão: como falamos no tópico anterior, o nível das questões é definido depois que a prova já foi feita pelo Brasil inteiro, de acordo com a taxa de acertos e erros que cada questão teve. Ou seja, impossível descobrir antes dos próprios corretores do Enem! Além disso, você ainda vai perder um tempão que poderia ser usado para quebrar a cabeça nas questões difíceis.
- Deixar respostas em branco: não faça isso! Não deixe respostas em branco de propósito! Receber uma pontuação menor pelo algoritmo ter identificado que você chutou a questão sempre vai ser melhor do que não responder e, obviamente, não receber nem um milésimo de ponto.
Entendeu o que é TRI? Na real, ela está aí pra ajudar quem se preparou de verdade para mandar bem na prova – e apostamos que você faz parte dessa galera! Por isso, não precisa ter medo do algoritmo da Teoria de Resposta ao Item! Temos certeza que ele será seu aliado rumo ao gabarito!
Quer estudar com a plataforma que aprovou mais de 57 mil estudantes no Sisu 2024 e garantir uma nota legal no Enem? Então conheça a Estuda.com e nosso banco com 190 mil questões disponíveis.